Map – Formação em Angola

No dia 15 de Abril parti rumo a Angola. No dia 16 encontrei a Catarina em Joanesburgo e, juntas, continuámos a nossa viagem. Luanda como próxima paragem e Luena na madrugada de dia 17 como destino final. A época Pascal foi passada na Diocese do Luena com a comunidade, nomeadamente com a Paróquia da Sé Catedral. Entre a vivência intensa característica desta época ocupávamo-nos com as preparações finais para a primeira formação, que se realizou entre os dias 22 e 26 de Abril, entre as 14h e as 17h. Este primeiro grupo, essencialmente formado por mulheres da Promaica, contou com a participação de cerca de 15 mulheres.

A segunda formação recebeu-nos à beira-mar: Benguela. Com um grupo de cerca de 18 participantes (na sua maioria homens), desenvolvemos um trabalho conjunto ao longo dos dias 5 e 9 de Maio, entre as 15h e as 18h. Todos os participantes desta formação eram provenientes do Bairro de Nossa Senhora da Graça, a maioria pertence ao Grupo Comunitário do Bairro da Graça (projecto promovido pela ONGD Leigos para o Desenvolvimento, com quem colaborámos em parceria).

No geral, os dois workshops correram bastante bem e os conteúdos do programa foram cumpridos. Abordámos os seguintes temas: criação de um contexto de aprendizagem e de conhecimento interpessoal e de grupo; identificação das necessidades da comunidade/necessidades humanas fundamentais; experiência do método do Educação para a Transformação e sistematização dos passos de aprofundamento da discussão; os princípios de Paulo Freire; construção de códigos (experiência prática); planeamento estratégico/elementos para elaborar e reflectir sobre um plano de acção.

Durante este mês aproveitámos ainda para nos reunir com um conjunto de potenciais financiadores, no sentido de apresentarmos o MAP*. Estas reuniões começaram com a ESSO no dia 30 de Abril e no dia 2 de Maio reunimos com a Statoil e a OSISA (Open Society Iniciative for Southern Africa).

Sentimos este regresso a Angola como um importante passo para dar continuidade e sustentabilidade ao projecto, retomando o trabalho iniciado há mais de um ano atrás. Destes (re)encontros esperamos que surjam novas oportunidades futuras… e novos regressos a Angola!

Inês Prata 

*Para mais informações sobre o MAP, consultar aqui