Tempo de Pentecostes

Massimiliano Ferragina

Alegria de um projeto aberto

Vem, Espírito Santo Criador!

Vem, Luz de Deus, vem-nos visitar!

[…]

Vem vestir nosso corpo de coragem,

que não cesse nunca de dizer-te.

Inspira os nossos lábios da sabedoria

não exiles os nossos olhos da promessa.

José Augusto Mourão, OP

A Bíblia é um livro repleto de vento e de caminhos. Assim são as narrativas do Pentecostes (cf. João 15,26-27; 16,12-15), repletas de caminhos que partem de Jerusalém e plenos de vento, leve como uma brisa e impetuoso como um furacão. Um vento que sacode a casa, que a enche e segue adiante; que traz pólenes de primavera e dispersa a poeira; que traz fecundidade e dinamismo para o interior das coisas imóveis, «esse vento que faz nascer os garimpeiros de ouro» (G. Vannucci).

[…] Eis a alegria de ouvir que os discípulos do Espírito pertencem a um projeto aberto, não a um sistema fechado, onde já está tudo pré-estabelecido e definido. Que em Deus quanto mais se navega, mais se descobrem novos mares. E que nunca faltará o vento ao meu veleiro.

Ermes Ronchi, In Avvenire, Publicado em SNSC (20.05.2018)

 

João Madureira – “Antiphona ad Introitum” (Missa de Pentecostes), por Sete Lágrimas