A forma como decorreu o Encontro Nacional do Graal no dia 1 de novembro fez-me revisitar o livro “Women of Vision”, uma colectânea de biografias de 16 mulheres fundadoras do Movimento do Graal em vários países. E este impulso surgiu exactamente devido à reflexão que a Fernanda Henriques tão exemplarmente fez com o grupo de entre nós que se juntou na Golegã.
Que inspiração, que dedicação, que convicção, que abertura e visão, que compromisso encontramos naquelas mulheres! Há pensamento, há ideias, há posturas face à questão das mulheres, face ao mundo e à vida espiritual que valia a pena serem interiorizadas por todas nós. Se hoje estamos aqui, e se somos em parte aquilo que somos, devemos também a essas mulheres, como é dito numa carta que a equipa internacional enviou:
Elas dão-nos um testemunho de coragem para fazer acontecer o impossível.
Nós continuamos a marcha com os olhos fixos nelas.
Nós continuamos a procurar viver hoje em contra-mão no mundo,
imaginando o impossível.
Celebrámos inteiras e com alegria o dia de Todos os Santos e Santas, que teve início, como já disse acima, com uma troca de ideias inspiradoras, a partir de dois textos para além dos quais a Fernanda Henriques nos convidou a ir.
Terminámos com uma celebração eucarística que permitiu, como dizia a Teresa Santa Clara, que embora haja diversidade (…) no modo de viver e encarar as nossas raízes cristãs (…), todas se identificam com o Graal e com as expressões de fé que o Graal cria. E ali criámos uma união criadora que nos deu força para encararmos o mundo e a vida de uma forma positiva, procurando, como dizia a Rachel Donders oportunidades para ajudar, e apoiar, fazendo a coisa certa, mas fazendo-a com esperança.
Fátima Grácio
4 de Novembro 2019
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