Quem somos

O Graal é um dinamismo espiritual partilhado por mulheres de muitas culturas, profissões, gerações, opções de vida.

(Rachel Donders, Presidente Internacional entre 1949-1961)

Presente em todos os continentes, o Graal é um movimento internacional de raiz cristã, aberto a outras tradições numa busca espiritual.

Vê como sua missão a construção de uma cultura do cuidado, alicerçada na responsabilidade social, na intervenção cultural, na exigência ética e estética, sempre num apelo à Transcendência. 

O nome Graal tem origem na lenda medieval europeia que convida a uma demanda constante, na atenção aos sinais dos tempos, na abertura ao espírito e aos modos de dar resposta em cada momento e em cada lugar.

as origens

Desde os começos, e sobretudo com a sua expansão e enraizamento em todos os continentes, o Graal foi crescendo e assumindo-se como um movimento internacional de mulheres.

O Graal teve o seu início em 1921, na Holanda, num período de grandes mudanças em toda a Europa, após a I Guerra Mundial.

A Holanda vivia, nesse período, grandes transformações sociais, nomeadamente ao nível da participação cívica e da liberdade de expressão religiosa. Em 1919, o sufrágio feminino é reconhecido. A entrada das mulheres no mundo do trabalho, a par com o acesso aos estudos superiores e ao exercício de profissões liberais torna-se cada vez maior.

No contexto da Igreja Católica, emergem na sociedade holandesa diversos grupos de leigos, incluindo de mulheres, que procuram dar um novo dinamismo à actividade missionária da igreja a partir dos seus lugares de trabalho e experiências de vida.

É neste panorama que o padre jesuíta Jaques Van Ginneken, professor na Universidade de Nimegue e um grupo de jovens mulheres cristãs, ali estudantes, decidiram dar corpo às novas possibilidades que emergiam a partir da presença e contributo das mulheres nos espaços social, político e eclesial, e criar um movimento que, a partir da sua espiritualidade, assumisse responsabilidades no cuidado e transformação da sociedade.

A natureza internacional

O Graal tem, desde a sua génese, um carácter internacional: no início com a presença de jovens mulheres da Holanda e Alemanha, e mais tarde com a expansão e crescimento em diferentes países.

O interesse pelo Graal manifestado por um bispo australiano levou a que em Agosto de 1936 um grupo de jovens holandesas embarcasse para a Austrália. Seguiu-se os Estados Unidos em 1942, África do Sul e Brasil em 1951. Durante este período, a Igreja Católica, desafiada pelas grandes mudanças sociais e políticas, tornou-se um parceiro preponderante, ajudando, a partir das suas redes e plataformas, a criar condições para que o Graal, e outros movimentos laicais, crescessem e inserissem na vida social e cultural de cada país.

Hoje o Graal tem grupos presentes em 22 países: África do Sul, Alemanha, Angola, Austrália, Bélgica, Brasil, Canadá, Estados Unidos, Filipinas, Holanda, India, Itália, México, Moçambique, Papua Nova Guiné, Paraguai, Portugal, Quénia, Uganda, Suécia, e Tanzânia.

O Graal está representado em diversos organismos, integra várias redes e plataformas e tem alianças e parcerias com outras organizações internacionais.

Tem assento no Conselho Económico e Social (ECOSOC) da Organização das Nações Unidas e é membro fundador da UFER – Movimento Internacional pela União Fraterna entre Raças e Povos.

A ação do Graal

O trabalho do Graal pode tomar formas muito variadas, de acordo com as realidades e necessidades dos países e as competências das mulheres que se sentem atraídas pelo movimento.
Em todas as atividades procura-se sempre traduzir a espiritualidade e visão do Graal em acção, promovendo a qualidade de vida e a construção de uma sociedade que reconhece, em palavras e acções, a dignidade de todos os seres humanos e o valor de toda a criação. A acção do Graal tem por base a declaração internacional da visão e da missão do Graal.