No passado dia 16 de fevereiro, no âmbito do projeto (n)amor2 (CIG/ POISE/ Portugal2020/ Fundo Social Europeu), dinamizou-se uma Roda de Conversa com o tema: Micromachismos.
Nesta, que é já a 8ª Roda de Conversa do (n)amor2, contámos com a presença de 24 jovens, entre os 17 e os 24 anos, que contribuíram para uma conversa rica e dinâmica.
Após uma breve introdução à temática, o grupo foi dividido em dois, onde se refletiu sobre diferentes pontos de vista.
O grupo 1 dedicou-se aos micromachismos na sociedade. Foi feito um levantamento de micromachismos que estão naturalizados no quotidiano, desde piadas subtis, a formas de tratamento diferentes para os dois sexos. Ligou-se essa naturalização à forma como homens e mulheres são educados desde pequenos com expectativas e modelos de comportamento diferentes. No final, concluiu-se que é possível mudar se continuarmos a olhar e a desafiar criticamente os micromachismos.
O grupo 2 refletiu sobre os micromachismos nas relações, nomeadamente na sua base: nos preconceitos relativos à mulher e à casa, e todas as suas obrigações domésticas e de cuidado, enquanto que ao homem está reservado o espaço público. A sempre presente dicotomia mulher/privado e homem/público. Falou-se também das ideias de que a mulher, e o seu corpo, são vistos como posse do marido/namorado e que ainda há uma visão sobre o cavalheirismo do homem que precisa de ser desmistificada, uma vez que estas atitudes derivam da ideia da fragilidade feminina.
Com a partilha de opiniões, visões e experiências, todas e todos perceberam que estas atitudes são tão imperceptíveis que facilmente são naturalizadas e perpetuadas. Além disso, é notório que, apesar da conotação de “micro”, estas atitudes têm um impacto muito grande na vida das mulheres, acentuando a sua inferiorização.
Fazemos uma apreciação muito positiva deste encontro, acreditando ter sido um momento de aprendizagem e de criação e fortalecimento de laços afetivos entre as e os participantes. Esperamos continuar a contribuir para que estas Rodas de Conversa sejam espaços seguros onde as e os jovens se sentem bem a partilhar as suas experiências e reflexões.
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