A Fátima foi uma participante do Graal de corpo e alma.
Dinamizou ações várias, com jovens e com mulheres, com estudantes e no meio rural, no âmbito da alfabetização e da animação sociocultural, da ação política e da espiritualidade cristã. Ao longo dos anos, assumiu diferentes responsabilidades nos órgãos sociais do Graal e foi também presidente da Fundação Cuidar o Futuro.
Sempre politicamente empenhada, de forma ativa, esteve ligada ao MPLA, em Angola, trabalhou na candidatura de Maria de Lourdes Pintasilgo à Presidência, foi dirigente do Bloco de Esquerda. Cristã sem reservas, vimo-la crescer na espiritualidade e fazer um percurso de aprofundamento através da Kabbalah. Vimo-la resistir à doença e ao sofrimento, vimo-la reerguer-se depois de vários momentos limite, vimo-la libertar-se e desprender-se – mantendo o gosto pela beleza e pelas coisas boas da vida.
A Fátima era uma mulher livre e irreverente, convicta e comprometida. Investia-se toda numa ideia, num projeto – como no projeto do Arquivo Digital do Graal, em que trabalhou praticamente até ao último momento. E combinava o humor, a frontalidade e a ternura de uma forma muito especial.
A Fátima é uma de nós, no Graal. Será sempre uma de nós. Na forma como viveu a sua própria história, deu forma e corpo à visão e à missão do Graal. Continuamos no mesmo percurso – nas formas de ação comum, na vivência da espiritualidade, nas voltas e reviravoltas da vida. A Fátima é uma de nós. Na plenitude em que acreditamos estar agora, segreda-nos ao ouvido, a cada uma, a urgência de mudar a vida.
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