O grupo de jovens que habitualmente se junta no terraço voltou a reunir-se, no dia 15 de dezembro, para uma sessão sobre a “cidade invisível” com António Brito Guterres, assistente social com um longo e significativo percurso de trabalho em projetos de desenvolvimento local em vários bairros de Lisboa, ativista comprometido com a luta pelo “direito ao lugar” e investigador no ISCTE. Nesta sessão do projeto “Jovens no Terraço” participaram 24 pessoas.
A conversa partiu do conceito que deu nome à sessão – “cidade invisível” – uma expressão utilizada por António Brito Guterres para descrever os lugares e as comunidades em Lisboa que, não sendo invisíveis, são sistematicamente discriminadas social e politicamente, levando à segregação de muitos milhares de pessoas, um pouco por toda a cidade. Ao longo da sessão, abordaram-se os trajetos que levaram à exclusão destas comunidades, os desafios que enfrentam, a capacidade de mobilização e de resistência coletiva, o papel das diferentes instituições na resolução (ou no acentuar) dessa segregação e a ausência de políticas públicas adequadas que promovam a justiça e a igualdade, nomeadamente no que diz respeito à habitação e à proteção social.
Foi uma sessão muito estimulante e participada. Agradecemos a todas as pessoas que participaram e ao António, pela generosa partilha das suas experiências e perspetivas, que expandiram muito a nossa visão sobre Lisboa e sobre as pessoas que a habitam.
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